quinta-feira, fevereiro 28, 2008

Chamava-se Esperança ...

(...) mas além disso eu nada mais sabia. De pele escura, cabelos negros, olhos negríssimos; assim também os seus pensamentos, pateticamente nocturnos e preferentemente sepulcrais, pareciam nascer num ventoso crepúsculo de inverno entre as alas de ciprestes. Alma de outros tempos; alma dispersa entre excessivos corpos inimigos, inadaptada ao amor fisico, triste e taciturna, corrompida pelo romantismo e as más leituras; não havia razão alguma para que vivesse mais de trinta ou trinta e cinco anos.

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