segunda-feira, fevereiro 05, 2007

The Re-Birth...Of a New Generation?


A dinâmica do gosto tem muito que se lhe diga. O que hoje é tabu, amanhã há-de ser a grande moda, da mesma maneira que o que adoramos num momento pode tornar-se xunga da noite para o dia. Foi mais ou menos isso que aconteceu com o Disco Sound no início dos anos 80, quando a febre de sábado á noite deu lugar ás queimadas de discos em estádios de futebol. Durante anos, o Disco foi maldito e parecia que não havia mais nada além dos Boney M e dos Village People. Hoje reconciliamo-nos com a história e descobrimos que não só o Disco Sound tem mais para além do que estávamos habituados a pensar, como somos capazes de ouvir o pior dos grupos (qualquer um dos dois citados, por exemplo) e descobrir coisas supreendentes.
O Disco nunca se foi embora. Nos anos 80 e 90 disfarçou-se de House para evitar conotações negativas, mas sempre ditou regras na pista de dança. Gente como os britânicos Idjut Boys, há muito que prega em seu favor e Dj Harvey, que fez carreira como Dj de House, também foi um dos pioneiros a dar o contributo para ser reestabelecido o bom nome do Disco, o mesmo podendo dizer-se de Daniel Wang (americano de origem tibetana). Foi, no entanto, nos últimos 3 a 4 anos, sobretudo a partir da Noruega, que começou a perceber-se um revivalismo Disco encabeçado por gente como Hans Peter Lindstrom, Prins Thomas, Todd Terje ou Rune Lindbaek. O Disco que inspira estes novos produtores não é o Disco Sound comercial, mas sim as suas experiências mais cósmicas ou de divagação electrónica. Ao que fazem, chama-se muita coisa, Nu Disco, Space Disco, mas também Beardo Disco porque todos usam barba...

Um comentário:

Le Fou disse...

Não percebo nada de disco sound, por isso gostei de ler o post... fiquei mais elucidada. um abraço